Convidamos a todos para a abertura da exposição Simbio, será aberta nesta terça-feira, 24 de abril, no Palácio das Artes, Belo Horizonte. Simbio é um exposição onde os seis artistas convidados devem trabalhar com dois colaboradores e onde o resultado deve refletir esse processo a seis mãos. Carlos Teixeira (Vazio S/A) convidou o arquiteto Fernando Maculan (expografia) e o artista Leonardo Costa Braga (ensaio fotográfico) para juntos apresentarem Enxertos, obra que usa o processo de um jardim com ponto de partida.

 


Simbio
O SIMBIO chega a sua 2ª edição e mais uma vez tem no diálogo entre as artes sua essência principal. O projeto idealizado pelo diretor artístico Jeff Santos e realizado pela Mercado Moderno propõe a abordagem de temas  como a arte colaborativa, simbiose artística e a preocupação na capacitação constante de público e profissionais. “O SIMBIO atua no sentido de contribuir com a formação de novos criadores, viabilizando a pesquisa, a formação, o intercâmbio, a circulação e a produção do pensamento nas diversas formas de manifestação artística”, resume o diretor. No primeiro momento, seis artistas de diferentes áreas foram contemplados e posteriormente cada um deles selecionou dois ou três colaboradores de um campo do conhecimento diferente daqueles em que atuam para desenvolverem instalações, que entre os dias 24 de abril e 13 de maio, serão expostas na Galeria Mari’Stella Tristão, do Palácio das Artes. Os artistas são: Binho Barreto (design), Carlos Teixeira (arquitetura), Clarissa Campolina (audiovisual), Felipe Turcheti (multimídia e programação), Julia Panadés (poesia) e Raquel Schembri (ilustração).

Sinopses

Enxertos – Carlos Teixeira (arquitetura) com Fernando Maculan (designer) e Leonardo Costa Braga (artista fotógrafo)
Enxertos é um projeto que teve início como uma investigação sobre a passagem do tempo num jardim e explora a natureza como um processo de resistências e resignações, fricções e atrações, crescimento e rejeição. Projeto concebido a seis mãos, o fotógrafo Leonardo Costa Braga fez um novo trabalho pessoal que partiu do estado em que o jardim se encontra hoje; enquanto o arquiteto Fernando Maculan fez o projeto museográfico partindo de objetos em processo de decomposição que representam o tempo, as resistências e as resignações do jardim.

Começo e Meio Sem Fim – Binho Barreto (design) com Eurico Fernandes (desenhista industrial) e Guilherme Lessa (dramaturgo e roteirista)
A ideia de um início parece implicar que, na outra extremidade, deve haver necessariamente um fim. Contudo, como nem tudo pertence ao campo da lógica, não se pode estabelecer tal regra. O começo estaria ligado ao passado, ao referencial que temos, ao que está em nossa memória, às coisas que usamos para aferir nossos pensamentos: imagens, palavras ou conceitos de alguma forma solidificados em nossas mentes. O meio é quase imperceptível; o devir, incessante. O fim, ou a perspectiva de um fim, pertence ao futuro, ao campo da projeção, em que nada pode ser estabelecido exceto a expectativa.
O tempo perpassa as memórias, expectativas e lacunas – a duração é incomunicável. Apenas o tempo pode ser comunicado, mas ele, por isso mesmo, tende mais para o lado do começo. O tempo, por ser inerente à linguagem, está mais para o início que para o fim. A duração está embutida em cada um: associa-se ao presente, impossível de ser medido, ou, quando muito, a uma expectativa.
A energia do movimento das águas de uma hidrelétrica se converte em vento. O fenômeno da levitação nos demonstra que é necessário que haja força, mesmo que aparentemente invisível, para que exista leveza.

Redes Elétricas – Clarissa Campolina (audiovisual) com O Grivo (música), Joana Hardy (arquitetura, design e cenografia) e Antônio Valladares (arquiteto)
A obra Redes Elétricas é uma escultura sonora criada por Clarissa Campolina, O Grivo, Joana Hardy e Antônio Valladares. Ela nasce no espaço interno da galeria e avança para o exterior, construindo um lugar de repouso e observação. A proposta se constitui na construção de uma rede-banco feita de fios de alta tensão que surgem ora do teto, ora do chão da galeria. Assim como os fios, um som constante e incomum invade o espaço, potencializando a estranheza e a sensação de deslocamento causada pela interferência na arquitetura. Desenhada especificamente para o espaço de exibição, o Espaço Mari’Stella Tristão (Palácio das Artes), a peça compõe o projeto SIMBIO 2012.

Relatividade Geral – Felipe Turcheti (multimídia e progamação) com Pedro Veneroso (artista visual) e Tiago Mata Machado (cinema)
No piso, uma matriz de 16 ventiladores sobre um suporte que protege a fiação e um computador conectado à internet. Um sistema online pesquisa, recolhe e produz mensagens a serem impressas. No teto, uma impressora que imprimirá essas mensagens criadas pelo sistema. Os impressos passam por uma fragmentadora de papéis e caem como tiras sobre a rede que impede que essas atinjam as hélices dos ventiladores. Os ventiladores são controlados por outro módulo do sistema, intermediado por uma placa microcontroladora, sendo ativados e desativados sob demanda. Quando ativos, colocam as tiras-mensagens a voar, misturando-as, espalhando-as. Sobre os papéis acumulados, uma projeção que se torna mais visível a partir do acúmulo dessas tiras. Mensagens que se reforçam.

Poemia Contagiosa – Julia Panadés (poesia) com Gilda Quintão (figurinista), Pablo Lobato (cinema) e Mariana Hardy (designer gráfica)
Julia Panadés, artista da palavra e do desenho, apresenta POEMIA CONTAGIOSA, conjunto de quatro trabalhos que contam com a colaboração de outros três artistas. “Vestido de Palavra”, escultura de tecido confeccionada por Gilda Quintão, é um espaço penetrável. De dentro dele é possível ver o avesso dos bordados feitos ao longo do período de exposição por meio da ação “Borda”, de Julia Panadés. O terceiro trabalho é a videoinstalação “Dizer em Silêncio”, que conta com a parceria do artista Pablo Lobato. É uma animação que mostra o desenho das palavras “dizer em silêncio de pedra o segredo da vidraça” sendo feito. Há, finalmente, “Poemia Contagiosa”, que dá nome ao conjunto de trabalhos apresentados. O impresso, criado em colaboração com a designer gráfica Mariana Hardy, apresenta uma seleção de desenhos e poemas, e será distribuído ao longo da exposição.

Trama – Raquel Schembri (ilustração) com Dragana Brankovi (artista plástica), Ricardo Portilho (artista visual e designer gráfico) e Marcio Shimabukuro (artista visual e desenhista industrial)
Instalação de bandeirinhas de festa de São João, feitas de crochê que serão desmanchadas pouco a pouco durante o período da exposição. Essas bandeirinhas estão sendo feitas por artesãs dos arredores de BH, também da Vila de Santo Antônio, em Santa Cruz de Cabrália na Bahia (Projeto Bom Samaritano, Espaço Alice) e de Bela Crkva, na Sérvia.

Simbio  2ª Edição
Artistas convidados:
Binho Barreto – artistas colaboradores: Eurico Fernandes e Guilherme Lessa
Carlos Teixeira – artistas colaboradores: Fernando Maculan e Leonardo Costa Braga
Clarissa Campolina – artistas colaboradores: O Grivo, Joana Hardy e Antônio Valladares
Felipe Turcheti – artistas colaboradores: Pedro Veneroso e Tiago Mata Machado
Julia Panadés – artistas colaboradores: Gilda Quintão, Pablo Lobato e Mariana Hardy
Raquel Schembri – artistas colaboradores: Ricardo Portilho, Dragana Brankovi? e Shima

novembro 2011 a março de 2012 – desenvolvimento dos trabalhos
24 de abril de 2012 – abertura
25 de abril de 2012 a 13 de maio de 2012 – exposição dos trabalhos
Direção Artística: Jeff Santos
Produção e Realização: Mercado Moderno
Direção de produção: Keyla Monadjemi
Produção: Kika Bruno
Projeto Cenotécnico e Montagem: JA.CA / MAR.CA
Identidade visual e projeto gráfico: Voltz Design
Assessoria de Imprensa: Pessoa Comunicação
Distribuição: Romã
Gerenciamento financeiro e prestação de contas: Mercado Moderno – Renata Batista e Roberta Oliveira
Patrocínio: Vivo e Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte
Incentivo: Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais