Na próxima sexta-feira, 14 de setembro, será aberta a exposição Noite Branca, no qual o arquiteto Carlos Teixeira participa com “Jardim Morto”, um espaço que religará o Parque Municipal ao Palácio Artes (ver release abaixo).
“Aproveitar o parque mais tradicional de Belo Horizonte durante a noite, com 12 horas de apresentações artísticas. Essa é a proposta do Noite Branca, evento inédito no Brasil, que acontecerá das 18h do dia 14 de setembro, sexta-feira, até as 6h do sábado.
“Pela primeira vez, o Parque Municipal estará aberto à visitação pública durante toda a noite, oferecendo uma vasta programação da arte contemporânea com exposições, instalações artísticas, mostras de vídeos, feira de publicações, apresentações cênicas e musicais. Ao todo, trabalhos de mais de 60 artistas irão interagir com o público, proporcionando uma fruição cultural diferenciada.
“Toda a programação é gratuita. O público terá acesso ao Parque pela entrada principal do Palácio das Artes. Um trecho das grades que separam os dois espaços será temporariamente removido. A expectativa é de que 20 mil pessoas passem pelo Parque durante o Noite Branca.
Conceito
Noite Branca é uma expressão originada na Rússia e nos países nórdicos, e refere-se ao fenômeno do crepúsculo permanente, em que a noite não chega a ficar escura. Posteriormente, o termo foi adotado em uma série de eventos em várias localidades do mundo para celebrar uma noite dedicada às artes. A edição mineira conta com direção artística de Paulo Pederneiras (Grupo Corpo) e curadoria de Fernando Maculan, Francisca Caporali e Ricardo Portilho.
“O Noite Branca brasileiro é muito mais do que um evento cultural. Trata-se de uma reinterpretação da cidade, a partir de uma densidade de conteúdo, para que a pessoa vivencie o espaço de uma forma diferenciada. O potencial lúdico se desdobrará em inúmeras experiências e novas possibilidades de sentido”, afirma Paulo Pederneiras. Para ele, o fato de por um dia as grades que separam o Parque Municipal e o Palácio das Artes serem removidas é um gesto que aponta para o início de uma reintegração física e simbólica: o teatro dentro do parque, como imaginado no projeto inicial do arquiteto Oscar Niemeyer; o parque dentro da cidade, como o esperamos reconhecer a partir desta noite branca.
“Segundo a Secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, “com o Noite Branca, queremos oferecer ao público uma rica experiência cultural e, ao mesmo tempo, propor novas formas de ocupação do espaço urbano. Por meio de uma programação artística intensa, durante o período de uma noite e madrugada, queremos que o cidadão participe e se aproprie de espaços como o Palácio das Artes e o Parque Municipal, com novas possibilidades de utilização em um horário não convencional”.
12 horas de arte
Durante o Noite Branca, todas as praças, coretos e largos do Parque Municipal serão utilizados para apresentações e intervenções artísticas. Para essa ocupação cultural, foram convidados mais de 60 artistas mineiros, entre eles Carlos Teixeira, Cintia Marcelle, Nydia Negromonte, Paulo Nazareth, Silvia Amelia e Brigida Campbell, que farão intervenções especialmente criadas para o evento. Videoartistas terão obras expostas em três cubos de projeção no interior do Parque. Cada cubo será equipado com quatro projetores, quatro telas de 4 x 3 metros e equipamento de som. O suporte para as projeções será uma instalação em si e poderá ser visto à distância, criando pontos de referência. Os brinquedos tradicionais do Parque estarão funcionando normalmente. Os pipoqueiros e lambe-lambes estarão presentes.
“A abertura do Noite Branca acontecerá no Grande Teatro do Palácio das Artes, às 19h, junto ao Festival Internacional de Curtas. O músico Arnaldo Baptista fará uma apresentação durante a exibição do filme “Viagem à Lua”, de Georges Méliès. A entrada para a abertura também será gratuita, sujeita à lotação do espaço.”